Binance limitará os serviços na Rússia como parte das sanções ao país por ataque a Ucrânia

Binance irá bloquear as transações de criptomoedas mas não quer afetar os cidadãos russos

De acordo com a agência Reuters, pro determinação legal, a Binance limitará os serviços na Rússia e impedir depósitos e compras de criptomoedas no país. A maior exchange de criptomoedas do mundo por volume de negócios está limitando os seus serviços na Rússia, um de seus maiores mercados, após as últimas sanções da União Europeia a Moscou devido ao ataque militar que o país tem feito a seu vizinho, a Ucrânia, desde o começo desde ano.

A Binance Holdings Ltd. reduzirá suas ofertas para indivíduos ou entidades russas com sede no país que tenham ativos criptográficos que excedam o valor de 10.000 euros (R$ 50.695,00), disse a empresa em um post em seu blog, confirmando um relatório anterior da Bloomberg, que já previa essa ação por parte da corretora que, em algum momento, acabaria acatando as sanções impostas ao país do leste europeu.

Binance limitará os serviços na rússia
Changpeng Zhao, CEO da Binance

A Rússia é um dos cinco principais mercados da Binance globalmente, com cerca de 10 milhões de contas no total, de acordo com as informações da empresa e estima-se que menos de 50.000 pessoas ou entidades possuam um valor superior a 10.000 euros, de acordo com as informações. No início deste mês, a UE aprovou a proibição de transações criptográficas de maior valor com a Rússia, como parte das amplas sanções desencadeadas pelo ataque à Ucrânia.

Embora essas medidas sejam potencialmente restritivas para cidadãos russos normais, a Binance deve continuar liderando o setor na implementação dessas sanções”, disse o CEO Changpeng Zhao em comentários por e-mail para a Reuters. “Acreditamos que todas as outras grandes exchanges devem seguir as mesmas regras em breve.”

Binance limitará os serviços na Rússia e permitirá apenas saques

As contas afetadas pelas restrições serão colocadas no modo somente saque, e nenhum depósito ou negociação será permitido. Cidadãos russos e pessoas jurídicas estabelecidas na Rússia com saldos de contas de criptomoedas superiores a 10.000 euros terão 90 dias para fechar suas posições, de acordo com a Binance.

A empresa disse que as mudanças não afetarão os russos não sancionados que podem confirmar por comprovação de endereço que vivem fora do país. Zhao disse à Bloomberg no mês passado que a Binance cumpriu os mandatos internacionais do governo para restringir os indivíduos sancionados, mas que expandir ainda mais seria “antiético”.

A mesma medida foi adotada por outra exchange, a Coinbase, no mês de fevereiro e bloqueou 25 mil contas que, de acordo com eles, são “indivíduos ou entidades russas que acreditamos estarem envolvidas em atividades ilícitas, muitas das quais identificamos por meio de nossas próprias investigações proativas”.

Brian Armstrong, CEO da Coinbase, disse que fechar as operações da empresa na Rússia prejudicaria os cidadãos comuns. “Não estamos proibindo preventivamente todos os russos de usar a Coinbase. Acreditamos que todos merecem acesso a serviços financeiros básicos, a menos que a lei diga o contrário. Alguns russos comuns estão usando criptomoedas como uma tábua de salvação agora que sua moeda entrou em colapso. Muitos deles provavelmente se opõem ao que seu país está fazendo, e uma proibição também os prejudicaria”, disse a Coinbase em comunicado.

A Binance disse em março que não “congelaria unilateralmente milhões de contas de usuários inocentes“, mas que garantiria o cumprimento das sanções, o que, aparentemente, está acontecendo agora.

Agora, fica a dúvida: Será que essas restrições irão, de alguma forma, atingir os usuários aqui no Brasil? Aqueles que tem investimentos no país do leste-europeu poderão ser impactados aqui? Se quiser saber como esse conflito afeta você, pode ler uma matéria sobre o assunto no nosso site sobre como proteger seus investimentos. Aproveite também e fale conosco nos comentários sobre o assunto e também aproveite para ler mais notícias no nosso site.

Fonte: Reuters

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