A greve do BC continua sem um acordo e, além da criação de novas chaves Pix e até mesmo do serviço Pix, essa paralisação poderá afetar outros setores que poderão influenciar na tomada de decisão de acionistas e investidores. De acordo com uma nota emitida pela Sinal, a greve pode afetar atividades preparatórias para o Copom, segundo sindicato dos trabalhadores do Banco Central. “Relatórios e análises preparatórias para o Copom e para o Comef não são atividades essenciais”, seguindo o parâmetro da lei da greve
O Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central) informou que a greve poderá afetar ainda mais o funcionamento de serviços e funções do órgão que são considerados “não-essenciais” pela Lei de Serviços Essenciais, que garante aos usuários “o fornecimento de extrato da conta, compensação de cheques, saques em guichês”.

Em nota divulgada nesta quarta-feira, 6, o Sinal afirmou que ainda não houve um acordo com o Governo Federal e a greve continuará por tempo indeterminado. Essa paralisação poderá afetar as atividades preparatórias para a divulgação do relatório do Comitê de Política Monetária (Copom) e para o Comitê de Estabilidade Financeira (Comef) e a divulgação do Boletim Focus e de diversas taxas financeiras, como a ptax, poderão ser afetadas ainda mais.
Segundo a avaliação do Sindicato, a confecção dos relatórios e análises preparatórias para o Copom e para o Comef, bem como sua divulgação, não são “atividades essenciais”, seguindo a lei da greve. Nesta terça-feira, em resposta ao questionamento da reportagem do Estadão, o Banco Central disse que o Boletim Focus, que mostra os indicadores selecionados e as notas estatísticas, como de crédito, só serão publicados após o fim da greve, mas afirmou que “a produção das apresentações de conjuntura para o Copom é atividade essencial e, portanto, será realizada durante a greve”.
Fábio Faiad, presidente do Sinal, disse ao Estadão/Broadcast, a negociação de quais são considerados “serviços essenciais” continua e o sindicato ainda reforçou que os servidores não vão interromper as transações via Pix, mas que o serviço poderá ser afetado parcialmente durante a greve, já que não haverá manutenção ou monitoramento deles.
Segundo a Nota do Sinal: “A greve poderá interromper parcialmente a distribuição de moedas e cédulas. E poderá interromper, parcial ou totalmente, a divulgação do boletim Focus e de diversas Taxas, as atividades prévias de preparação do COMEF e do COPOM, o atendimento ao público, reuniões e eventos com o sistema financeiro e outras atividades”.
“As atividades que forem colocadas em contingência terão ampliação de risco operacional e podem sofrer interrupções parciais por conta de problemas derivados disso, haja vista a precária manutenção e o insuficiente monitoramentos causados pelo regime de contingência: mesas de operações, sistema do PIX etc”, completou.
Greve do BC continua enquanto não houver reajuste para a categoria
A greve dos servidores do Banco Central começou na sexta-feira (dia 1 de abril) e tem prazo indeterminado, em tem como objetivo conseguir a reestruturação de carreira e recomposição salarial de 26,3%. É esperado que 60% dos servidores paralise as atividades e cerca de 725 dos comissionados já deixaram seus cargos, conforme indica o sindicato, que tem feito assembleias regulares para definir os rumos dos grevistas.
A reunião feita no dia 05/04 contou com a presença de 1.270 servidores, segundo o Sinal, de um total de 3.500 na ativa. 90% dos participantes votaram pela continuidade da paralisação. Esta última reunião foi feita depois do encontro entre o Sinal e o secretário de Gestão de Pessoas do Ministério da Economia, Leonardo Sultani. Segundo Fábio Faiad, o governo não apresentou nenhuma proposta oficial para a reestruturação da carreira e para aumentar os salários. Uma nova reunião está prevista para acontecer na sexta-feira (8).
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Fonte: Estadão
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