O que é e como criar a suar reserva de emergência

Natalia Nini12 de março de 20220

Você sabe o que é uma reserva de emergência? Seja para começar a investir ou para colocar as finanças em dia, é praticamente unânime a orientação dos especialistas: comece pela reserva de emergência.

Muitas pessoas, porém, podem ter dúvidas sobre o que é a reserva financeira, como montar uma, onde guardar esse dinheiro e quando usar o valor reservado. Estima-se que em dezembro de 2021, 76,3% das famílias brasileiras estão endividadas, então fazer sobrar o dinheiro também não é uma tarefa fácil. Confira aqui exatamente o que é, e como criar uma reserva de emergência.

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RESUMÃO

O que é uma reserva de emergência

O que é e como criar a suar reserva de emergência

Praticamente, a reserva de emergência é uma poupança guardada ao longo de um tempo para cobrir despesas fixas em caso de possíveis imprevistos. Ela atua como uma espécie de proteção para controlar situações urgentes e não deixar que interfiram no estilo de vida ou diminuam o poder de compra. Sabe aquelas situações onde a gente não sabe de onde vai tirar o dinheiro? É justamente para isso que ela serve.

Imagine que seu carro quebrou, e você precisa dele para trabalhar. Se você tiver uma reserva de emergência, não irá passar nenhum sufoco fazendo empréstimos ou mesmo cortando orçamentos. Ou mesmo durante a pandemia, quem perdeu o emprego e tinha uma reserva, não passou tanto sufoco assim.

Qual o valor ideal de uma reserva de emergência

O valor da reserva de emergência varia conforme a soma das despesas mensais e o tempo de despreocupação que se deseja ter. Para criar a sua, é preciso se organizar: o primeiro passo é elencar todos os gastos da família, como moradia, alimentação, financiamentos e saúde, entre outros. Depois disso, multiplicamos pelo número de meses que desejar estar seguro.

Por exemplo: seus custos fixos são de R$ 3.000 por mês, e o desejo é de se manter protegido por seis meses, o montante da reserva de emergência deve ser de R$ 18.000, no mínimo.

O fator tempo não pode ser um empecilho na construção dessa reserva. É ela quem deve se adequar às condições financeiras de cada pessoa, mesmo que sejam feitos pequenos aportes mensais. Para um brasileiro médio que faz parte daqueles 76% de famílias endividadas, é óbvio que é praticamente impossível guardar R$ 18.000 do nada, mas pense que juntar R$ 50 reais que seja por mês, é melhor do que não juntar nada, e ao longo de um ano, o orçamento curto já rendeu 600 reais, isso sem considerar as modalidades de investimentos que servem para guardar e render dinheiro.

Mas como juntar dinheiro para a reserva de emergência?

O primeiro passo é ter um orçamento organizado. Depois disso, é preciso eleger um valor mensal que será destinado exclusivamente ao fundo. Uma sugestão é incluir essa quantia nos gastos fixos do mês, tornando a reserva tão relevante quanto as outras contas.

Uma dica para não faltar nada, é passar um pente fino em todos os gastos e cortar aqueles considerados supérfluos. Troque produtos equivalentes pela versão mais barata, e aos poucos o dinheiro pode sobrar com mais facilidade.

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E onde guardar a reserva de emergência?

Durante o acúmulo ou mesmo quando já estiver completa, os melhores investimentos para a reserva de emergência são os produtos de liquidez diária. Além de fazer o valor render, eles se caracterizam por deixar o dinheiro disponível para retirada a qualquer momento.

Nesse sentido, os bancos com contas remuneradas podem ser uma opção porque, em geral, oferecem retornos diários de 100% do CDI, sendo que alguns chegam a pagar até mais.

Outra dica é optar por aplicações em CDB, que paga entre 90% e 100% da taxa DI, produtos com baixo risco de crédito e indicados para investidores de perfil conservador. Nesse caso também vale a pena se o produto oferecer liquidez diária.

Com a taxa Selic chegando aos 8,5% ao ano, a poupança passa a entrar no radar de quem está guardando dinheiro. Cálculos mostram que, no cenário atual, a diferença dela para CDBs de bancos grandes é bem pequena, dependendo do tempo em que os recursos ficarão alocados.

Outra opção para a reserva de emergência é o Tesouro Selic.

Quando usar a reserva de emergência?

Já está no nome, né? As reservas de emergência devem ser usadas exclusivamente como emergências. Gastos previsíveis como imposto de renda, autoescola, matriculas devem ser inclusos lá nos gastos fixos para uma maior organização.

Se não, você pode acabar usando esse dinheiro e quando realmente precisar dele, não o ter.

E no caso das dívidas

No caso de pessoas com dívidas em aberto, a recomendação é que se dê preferência ao pagamento dos débitos, pois eles sofrem incidência de juros, o que pode tornar a conta ainda maior.

Depois de quitadas as dívidas, comece a montar a reserva de emergência, mesmo que com pouco inicialmente. Mas isso não impede que, mesmo com pouco dinheiro, seja feito um investimento para começar a guardar. Existem modalidades de investimento que guardam e rendem o dinheiro, que podem ser aplicados com poucas quantias como R$ 30 a R$100 reais.

Também é possível procurar algum tipo de renda extra, seja um trabalho pontual ou a venda de algum item que não esteja em uso.

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