Banco Central escolhe o Itaú para o Desenvolvimento do Real Digital

Aparentemente, o Real Digital, a moeda virtual atrelada ao valor do Real, está cada vez mais próxima de se tornar real… sem trocadilho. O Itaú Unibanco, um dos maiores conglomerados de bancos do brasileiro, foi escolhido pelo BC, o Banco Central do Brasil, para desenvolver um sistema descentralizado com uma stablecoin digital atrelada ao valor do real brasileiro. O sistema do Itaú foi uma das oito propostas selecionadas pelo Banco Central do Brasil como parte do LIFT Lab, iniciativa anual focada em inovação financeira.

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Banco central escolhe o itaú
Real

O Banco Central do Brasil está avançando em seu programa piloto para o lançamento de sua Moeda Digital do Banco Central (CBDC, sigla para Central Bank Digital Currency), o Real Digital e selecionou o Itaú Unibanco, um dos maiores bancos do país, para construir uma solução financeira descentralizada (DeFI) que inclui a construção de uma stablecoin atrelada ao real.

O projeto apresentado pelo Itaú Unibanco é um dos oito selecionados pelo Banco Central do Brasil como parte do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT), programa de inovação financeira que está em sua quinta edição. Sobre o objetivo do programa, André Siqueira, chefe do departamento de tecnologia do Banco Central do Brasil, afirmou:

O LIFT Lab é uma oportunidade de interação com a sociedade em que apresentamos o valor do Banco Central na construção da inovação no sistema financeiro nacional. O lançamento de uma nova edição, agora com 8 projetos, representa um marco importante para o LIFT Lab, que completa 5 anos de operação.”

O aplicativo incluirá funções comumente presentes em pools de liquidez, mas vinculando o Real a outras stablecoins, representando moedas fiduciárias de todo o mundo. Embora não tenha sido divulgado muito sobre o projeto neste momento, o aplicativo pretende oferecer suporte ao pool de ativos, investimentos alternativos e gerenciamento e custódia desses ativos usando software baseado em blockchain.

Banco Central escolhe o Itaú e Outros Projetos Apresentados

Outros projetos selecionados para fazer parte do LIFT Lab de 2022 incluem uma solução para concessão de créditos a pessoas vulneráveis nas favelas brasileiras que envolve pessoas da comunidade como facilitadoras desses créditos, a ser desenvolvida pelo banco G10; um sistema que serviria de ponte para trocar o real digital com outras blockchains existentes usando a blockchain Celo; e uma solução para tokenizar ativos no blockchain para descentralizar os riscos de crédito.

O LIFT também apresentou em março passado um desafio focado no real digital, onde foram selecionados nove projetos para serem estudados e acompanhados pelo Banco Central do Brasil. No total, foram apresentados 47 projetos que foram criados por 43 empresas diferentes e o LIFT, selecionou nove desses projetos que serão usados para o desenvolvimento do Real Digital.

De acordo com a apresentação, os projetos selecionados pelo Banco Central foram:

  • Aave;
  • Banco Santander Brasil;
  • Febraban; Giesecke + Devrient;
  • Itaú Unibanco, B3 e R3;
  • Mercado Bitcoin, Bitrust e CPqD;
  • Tecban e Capitual;
  • VERT, Digital Assets e Oliver Wyman;
  • Visa do Brasil, ConsenSys e Microsoft.

As propostas apresentadas e aceitas pelo Banco Central do Brasil englobam uma série de aplicações que poderão ser feitas com o Real Digital, entre elas Finanças Descentralizadas (DeFi), Internet das Coisas (IoT), Aplicações de Entrega contra Pagamento (DvP -Delivery Versus Payment. Quando o produto ou serviço só é pago mediante a confirmação do pagamento), Pagamento contra Pagamento (PvP – Payment versus Payment. Liberação de ativos contra liquidação financeira, de forma simultânea) e “dual offline” uma solução de pagamento em situações em que as duas partes envolvidas na transação estão sem conexão à internet. De acordo com a Money Times, os primeiros testes com o Real Digital serão realizados em setembro.

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