Bradesco lança Notas de Crédito Tokenizadas em projeto na Blockchain

O Bradesco, um dos maiores bancos privados do Brasil e o terceiro maior de toda a América Latina, entrou no mundo das criptomoedas ao emitir suas primeiras notas de crédito tokenizadas. A operação, realizada em parceria com o Bolsa OTC, tokenizou quase R$ 2 milhões em cédulas de crédito bancário, também distribuídas pelo Bradesco. A operação, que o Bradesco afirma ser a primeira supervisionada e aprovada pelo Banco Central do Brasil, foi realizada por meio de um sandbox regulatório que permite às instituições financeiras fazer esse tipo de teste com novas tecnologias.

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Notas de crédito tokenizadas
Bradesco

Bradesco Lança Programa de Tokenização de Ativos

Sendo uma das primeiras instituições a utilizar a tecnologia blockchain em suas operações no Brasil, o Bradesco anunciou em 13 de janeiro de 2023 que tokenizou o primeiro lote de notas de crédito bancário, avaliado em quase R$ 10 milhões (cerca de US$ 2 milhões), como parte de um programa piloto para testar a funcionalidade dessas tecnologias. Sobre a importância disso, Edson Moreto, diretor executivo do Bradesco, afirmou:

Continuamos trabalhando e testando os benefícios da tecnologia blockchain utilizando seu ecossistema de inovação, o Inovabra, para que novas operações sejam disponibilizadas aos nossos clientes.”

A tokenização de ativos, o processo de representação de ativos do mundo real em blockchains, é considerada por alguns analistas o próximo passo na tecnologia de mercado. A tecnologia pode se tornar uma tendência para negociações nos mercados financeiros no futuro, com um relatório divulgado em dezembro pelo BCG e ADDX prevendo que se tornará uma oportunidade de negócios de US$ 16 trilhões até 2030.

O Bradesco é o segundo banco no Brasil que atualmente está experimentando tokenização e ativos tokenizados. O primeiro a fazer isso foi o Itaú Unibanco, que realizou uma série de testes de tokenização emitindo ativos para funcionários e clientes do banco ainda em julho.

Na época, o Banco Itaú também anunciou a criação de uma unidade própria de tokenização, que teria como foco oferecer serviços de tokenização aos clientes, permitindo que eles tokenizassem e vendessem esses ativos por meio de uma plataforma construída e controlada pelo banco.

De acordo com fontes locais, mais bancos também incluirão a tokenização como parte de seu portfólio de serviços no futuro. Muitas dessas instituições esperavam a aprovação da recente lei de criptomoedas, sancionada em dezembro, para ter um panorama claro sobre questões de compliance para oferecer esses serviços de tokenização.

Santander também entrou na Era do Cripto

Outros bancos também embarcaram recentemente no mercado brasileiro de tokenização. Em dezembro, também como parte do sandbox do Banco Central do Brasil, o Santander emitiu R$ 40 milhões (US$ 7,8 milhões) em títulos tokenizados para a Indigo, uma empresa de administração de estacionamentos.

A operação, estruturada em parceria com a Vórtx QR Tokenizadora, foi feita no âmbito do sandbox regulatório da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), um ambiente experimental criado para o desenvolvimento de inovações dentro do mercado regulado.

Acreditamos que o uso de novas tecnologias tem potencial para desenvolver cada vez mais o mercado de renda fixa”, disse Sandro Marcondes, diretor de mercado de capitais do Santander Brasil.

Caio Osser, CFO da Indigo Brasil, falou que a operação tokenizada está conectada ao atual momento de crescimento e investimento em novas operações da empresa, que opera 2.600 estacionamentos em todo o mundo: “Além de agilidade, a tokenização opera em um ambiente regulatório seguro, com maior transparência e comodidade para os investidores.”

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Fonte: Valor Econômico

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