Não é incomum para investidores de criptomoedas, NFTs e adeptos dos jogos Play to Earn já tenham ouvido falar do “metaverso”. Inclusive temos uma matéria que fala sobre como comprar um terreno virtual no metaverso? Mas, a pergunta que fica no ar é: O que é o metaverso? Por que eu compraria um terreno em um lugar que nem sei onde é? Posso construir uma casa, plantar, vender ou revender esse terreno? Como sei qual o valor do terreno em um metaverso? Tudo isso fica mais simples de se responder quando se entende o básico desse conceito.
Até certo ponto, falar sobre o que significa “o metaverso” é um pouco como ter uma discussão sobre o que significa “internet” nos anos 1970. As novas bases do que seria uma nova forma de comunicação estavam em processo de construção, mas ninguém sabia realmente como seria na realidade. Então, embora fosse verdade, na época, que “a internet” estava chegando, nem toda ideia de como isso seria, no fim, se tornou realidade.
Então, para esclarecer sobre esse novo universo e, o que pode ou não se tornar realidade nesse novo universo, vamos explicar o que seria esse conceito. Se você ficar com alguma dúvida, ou tiver algum comentário sobre o assunto, deixe aí nos comentários.
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O que é o metaverso?
É uma realidade digital que combina aspectos de mídia social, jogos online, realidade aumentada (AR), realidade virtual (VR) e criptomoedas para permitir que os usuários interajam virtualmente. O conceito de VR já é algo bem popular e conhecido do público em geral, e isso não é tão diferente na realidade.
A realidade aumentada sobrepõe elementos visuais, som e outras entradas sensoriais em configurações do mundo real para aprimorar a experiência do usuário (algo como o jogo Pokémon GO ou aplicativos de lojas de venda de móveis que permitem que você ”veja” como móvel que você quer comprar ficará na sua sala). Em contrapartida, a realidade virtual é inteiramente virtual e potencializa as realidades ficcionais, algo comum e já bastante usado na indústria do entretenimento.
À medida que ele cresce, ele criará espaços online onde as interações do usuário são mais multidimensionais do que a tecnologia atual suporta. Em vez de apenas visualizar o conteúdo digital, os usuários do metaverso poderão mergulhar em um espaço onde os mundos digital e físico convergem.
Em julho de 2021, Mark Zuckerburg conversou com o jornalista Casey Newton sobre o conceito e as mudanças que ele imaginava para o Facebook. Então começaram a circular rumores em meados de outubro de 2021 sobre uma nova marca do Facebook – completa com um novo nome – para abraçar o compromisso da empresa com a ideia de um universo virtual. Fontes anônimas disseram ao The Verge que um anúncio pode vir em breve. E aconteceu.
O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou o novo nome, Meta, na conferência Connect 2021 do Facebook em 28 de outubro, com seu novo site chamando-o de “uma empresa de tecnologia social”. O comunicado de imprensa que acompanha também afirmou: “Você pode assistir a palestra completa do Connect e saber mais sobre como essa tecnologia desbloqueará novas oportunidades no Meta.com. Você também pode aprender mais sobre nosso trabalho nos últimos meses para desenvolver a marca Meta em nosso blog de design.”
Lançado no mesmo dia, Zuckerberg escreveu em sua Carta do Fundador de 2021: “No metaverso, você poderá fazer quase tudo o que puder imaginar – reunir-se com amigos e familiares, trabalhar, aprender, brincar, fazer compras, criar – como bem como experiências completamente novas que realmente não se encaixam na forma como pensamos sobre computadores ou telefones hoje… Neste futuro, você poderá se teletransportar instantaneamente como um holograma para estar no escritório sem deslocamento, em um show com amigos, ou na sala de estar de seus pais para conversar.” A carta de Zuckerberg também compartilha que Meta “fez um filme que explora como você pode usar o metaverso um dia”.
Entendendo o Metaverso
O Facebook vem falando sobre metaverso há algum tempo, como visto em um comunicado de imprensa de 17 de outubro de 2021, sobre o que é o metaverso: “uma nova fase de experiências virtuais interconectadas usando tecnologias como realidade virtual e aumentada. Em seu cerne está a ideia de que, ao criar uma maior sensação de ‘presença virtual’, interagir online pode se tornar muito mais próximo da experiência de interagir pessoalmente.”
Espera-se que o interesse no metaverso cresça substancialmente, já que investidores e empresas querem fazer parte do que pode ser a próxima grande novidade. O metaverso “será um grande foco [do Facebook], e acho que isso será uma grande parte do próximo capítulo da maneira como a Internet evolui após a Internet móvel”, disse Zuckerberg ao site de tecnologia The Verge antes de anunciar a mudança de nome. “E acho que será o próximo grande capítulo para nossa empresa também, realmente dobrando nessa área.”
Os proponentes do metaverso veem o conceito como o próximo estágio no desenvolvimento da Internet. O Facebook, por exemplo, já investiu pesadamente em AR e VR, desenvolvendo hardware como seus fones de ouvido Oculus VR, enquanto óculos AR e tecnologias de pulseiras estão em andamento.
Zuckerberg, que acredita que os óculos de realidade aumentada um dia serão tão onipresentes quanto os smartphones, disse ao The Verge que, nos próximos anos, o Facebook “fará efetivamente a transição das pessoas nos vendo principalmente como uma empresa de mídia social para uma empresa metaversa”. O investimento que o Facebook está fazendo em pesquisa global e parceiros de programas para construir o metaverso de maneira responsável está na casa dos US$ 50 milhões.
O que exatamente é o metaverso?
O Facebook define o metaverso como “um conjunto de espaços virtuais onde você pode criar e explorar com outras pessoas que não estão no mesmo espaço físico que você”. Embora a tecnologia do metaverso esteja a anos de ser totalmente realizada, espera-se que ela seja um lugar onde você possa trabalhar, brincar, aprender, criar, fazer compras e interagir com amigos em um ambiente virtual online.
Qual é a diferença entre AR e VR?
A realidade aumentada envolve a sobreposição de elementos visuais, sons e outros estímulos sensoriais em um cenário do mundo real para aprimorar a experiência do usuário. A AR pode ser acessada com um smartphone e os usuários podem controlar sua presença no mundo real. Em comparação, a realidade virtual é completamente virtual e aprimora as realidades ficcionais. A RV requer um dispositivo de fone de ouvido e os usuários são controlados pelo sistema.
O que é o metaverso do Facebook?
O metaverso não tem um único criador (ou definição), então não é algo que o Facebook possui ou é o único responsável pelo desenvolvimento. Ainda assim, o Facebook já investiu pesadamente no metaverso por meio de seus fones de ouvido Oculus VR e está trabalhando em óculos AR e tecnologias de pulseira. Em setembro de 2021, a empresa anunciou um investimento de US$ 50 milhões em pesquisa global e parceiros de programas para garantir que a tecnologia do metaverso fosse desenvolvida com responsabilidade.
Considerações Especiais
Numerosos livros de ficção científica, séries de televisão e filmes são ambientados em metaversos – mundos digitais que são indistinguíveis do mundo real. De fato, o autor de ficção científica Neal Stephenson cunhou o termo metaverso em seu romance Snow Crash, de 1992.
No livro, avatares humanos e agentes de software interagem em um espaço virtual tridimensional. Muitas vezes, esses metaversos de ficção científica são mundos distópicos. Alguns contemporâneos de Zuckerberg estão preocupados que o metaverso da vida real – a “internet de última geração” – possa se tornar um pesadelo distópico.
O CEO da Niantic, John Hanke, por exemplo, escreveu em um post no blog que, “Muitas pessoas hoje em dia parecem muito interessadas em dar vida a essa visão de um futuro próximo de um mundo virtual, incluindo alguns dos maiores nomes da tecnologia e dos jogos. Mas, na verdade, esses romances serviram como avisos sobre um futuro distópico da tecnologia que deu errado.”
A Niantic é uma desenvolvedora de software mais conhecida pelos jogos móveis de realidade aumentada Ingress e Pokémon Go. A pandemia do COVID-19 acelerou o interesse no metaverso, à medida que mais pessoas trabalhavam em casa e frequentavam a escola remotamente. Claro, há preocupações de que o metaverso torne ainda mais fácil para as pessoas passarem um tempo separadas – mesmo em um mundo pós-COVID.
Hanke escreveu: “Acreditamos que podemos usar a tecnologia para nos inclinarmos para a ‘realidade’ da realidade aumentada – incentivando todos, inclusive nós mesmos, a se levantar, caminhar e se conectar com as pessoas e o mundo ao nosso redor… A tecnologia deve ser usada para tornar essas experiências humanas centrais melhores – não para substituí-las.”
FAQ Rápido
Como você acessa o metaverso?
O metaverso do Facebook ainda não existe. Quando isso acontecer, será acessível por meio de fones de ouvido VR, óculos inteligentes de realidade aumentada e em aplicativos para desktop e dispositivos móveis de maneira limitada
Existem regulamentos em torno do metaverso?
Embora o metaverso seja muito novo para estar sob a jurisdição dos regulamentos tradicionais, o Facebook está procurando ter uma vantagem inicial. A empresa está trabalhando com várias instituições educacionais e jurídicas para garantir que eles sigam dentro das leis.
Quem irá executar o metaverso?
Mark Zuckerberg comentou em entrevista ao The Verge que o metaverso será como uma “internet incorporada”, operada por vários players descentralizados. O Facebook não estará executando o metaverso.
Quais são as oportunidades de negócios em torno do metaverso?
O metaverso seria um enorme motor econômico. O Facebook espera demanda por 10.000 empregos altamente qualificados somente na União Europeia, principalmente criadores de conteúdo e startups de AR/VR. No futuro, os usuários podem esperar ganhar dinheiro no metaverso também.
Agora, fale conosco: O que você espera do Metaverso? Você já considerou investir nele? Deixe aí nos comentários e aproveite para ler mais sobre criptomoedas e NFT no nosso site.
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